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A monotonia da cidade e da sociedade

  • Foto do escritor: Sabrine Cantele
    Sabrine Cantele
  • 14 de jun. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 21 de jun. de 2020


Tantos prédios nessa cidade nos impedem de ver A linha tênue entre o que você quer e o que você implora E como nós nos tornamos a personificação daquilo que tanto criticamos Quando o nosso discurso fúnebre for citado O nosso número de likes se tornará irrelevante Mas o já o sofá já é o nosso novo lar E a solidão já é a nossa nova melhor amiga Tantos prédios nessa cidade nos impedem de ver A televisão distorce aquilo que é real E todos nós consumimos e pedimos mais É difícil olhar no espelho e se reconhecer Quando você é apenas o reflexo dos seus medos e inseguranças Tente não trocar sua alma por ouro É assim que eles te corrompem

Tantos prédios nessa cidade nos impedem de ver E você se sente como um castelo de cartas prestes a ruir Na sua inestimável solitude Você não precisa mais simular seus meios sorrisos fictícios E se você se desse o luxo de colocar toda a dor pra fora Você gritaria tão alto Que todas as luzes do bairro acenderiam Mas ninguém bateria na sua porta de qualquer forma Tantos prédios fizeram de nossa cidade algo que não se assemelha com um lar E nos impediram de ver Aquilo que está atrás da cortina Aquilo que está além das telas Aquilo que não é televisionado Aquilo que é apenas um vislumbre A beleza do trivial A verdade felicidade O que realmente importa.

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SABRINE CANTELE

Sabrine Cantele é uma estudante de Publicidade e Propaganda e nasceu em Caxias do Sul. Incentivada pelo seu amor pela leitura, começou escrever muito cedo, tendo como inspiração tudo que acontece ao seu redor e as pessoas que fazem parte de sua vivência. Encontrou na escrita uma forma de desabafar, de se entender e de transformar seus sentimentos em arte.

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